FAA está investigando queda de avião após manobra de troca de pilotos no ar

A Administração Federal de Aviação (FAA) não gosta muito que promovam brincadeiras nos céus americanos. Na semana passada ela caçou o brevê de Trevor Jacob, o youtuber que intencionalmente derrubou seu avião para ganhar cliques e visualizações nas redes sociais. Agora, as autoridades federais estão investigando uma manobra arriscada de troca de avião, promovida pela Red Bull, que exigia que dois pilotos saltassem de pára-quedas de aviões em mergulho e trocassem de cabine no ar.

Ninguém ficou ferido no domingo na manobra, que contou com os pilotos e paraquedistas Luke Aikins e Andy Farrington sobrevoando o deserto em Eloy, Arizona, cerca de 80 quilômetros a noroeste de Tucson. Eles haviam planejado enviar seus aviões monomotores Cessna 182 em mergulhos duplos a 14.000 pés e depois saltar no ar para trocar de avião.

Um dos pilotos pousou com segurança de pára-quedas quando seu avião saiu de controle e caiu. O outro piloto recuperou o controle de seu avião e pousou em segurança. A FAA não especificou qual dos pilotos pousou de pára-quedas em um comunicado.

A Red Bull organizou o evento, que chamou de "Plane Swap" e descreveu como um "salto inédito". A façanha, para a qual nenhum espectador estava presente, foi transmitida ao vivo pelo Hulu.

A FAA disse que negou um pedido de isenção de regulamentos federais que cobrem a operação segura de uma aeronave. No pedido, Aikins buscava a isenção porque durante a troca, ambas as aeronaves ficariam desocupadas.

Em resposta, datada de 22 de abril, a agência disse que conceder uma isenção - "... não seria do interesse público e não há como achar que a operação proposta não afetaria negativamente a segurança."

Aikins e Farrington são primos e pilotos de terceira geração que costumam voar em formação e completaram mais de 5.000 saltos juntos. Os dois cresceram em um aeródromo, saltaram o máximo possível e ambos fizeram seus primeiros voos solo aos 16 anos.

Para a façanha, que durou um ano, os aviões foram equipados com sistemas de piloto automático personalizados para que pudessem permanecer na trajetória correta. Os aviões também foram equipados com um freio de velocidade e rodas maiores para diminuir a velocidade de descida e garantir que os paraquedistas pudessem alcançá-los, disse a Red Bull.

Não é a primeira vez que Aikins chama a atenção da mídia por suas façanhas de paraquedismo. Em 2016, ele foi a primeira pessoa a tentar saltar sem nem wingsuit. Ele caiu em uma rede com menos da metade do tamanho de um campo de futebol.