Menina que pensava ser um cão foi criada por pastores alemães e um cão da Serra da Estrela

Quando era pequena, uma pequena chamada River pensava que era uma cachorra, assim como os quatro pastores-alemães, Koba, Meeker, Brenna e Kai, e o gigante cão da Serra da Estrela Roman. River seguia os cães, comia de suas tigelas, bebia de sua água e, em geral, fazia parte da matilha. Agora que já é uma mocinha, River cuida dos cães. Cão da Serra da Estrela é uma raça de cães de grande porte guardiões de gado natural de Portugal, da região montanhosa com o mesmo nome.

Assim que começou a engatinhar, ela os seguia e os imitava, colocava as mãos na tigela de água deles e tentava beber. Se sua mãe não tomasse cuidado River tentava comer a ração deles.

A mãe de River, Ashley, acredita que crianças que crescem perto de animais aprendem compaixão, responsabilidade e empatia desde cedo, além de outras vantagens.

- "Os cães aprendem a ficar calmos perto de crianças e ensinam responsabilidade e empatia a às crianças, sem mencionar que bebês em lares para animais de estimação tendem a ter sistemas imunológicos mais fortes", disse Ashley. - Os cães geralmente são os primeiros melhores amigos das crianças e é maravilhoso ver o relacionamento deles se desenvolver com o tempo e se tornar algo lindo."

Mas uma coisa é certa: o comportamento de um cão pastor, não importa o tamanho, tem tudo a ver com educação que recebeu do seu dono e ao convívio com o mesmo.

A beleza destes cães, sua inteligência e robustez, são características que lhe permitem ser mais do que um excelente guarda: eles são também um bom cão de família e muito tolerante com as crianças.

O Doberman, por exemplo, apesar de ser um bom cão de guarda não é muito bom como cão de companhia para pequenos. Quando meu filho era pequeno, um amigo me deu um desses pinschers gigantes:

- "Luisão, não corte ao rabo dele e nem faça conchetomia [operar a orelha] que ele vai ser dócil para sempre", me disse o Inácio. Isso não funcionou, pois sempre que meu filho se aproximava, ele rosnava.

Levei cão de volta ao canil e o Inácio decidiu me presentear então com um adorável filhote rejeitado de Bulmastife. Logo achei que aquele arranjo também não ia dar certo, pois com apenas 3 meses o "Mamute" já tinha 15 kg e chegou a ter quase 60 na vida adulta.

O gigante gentil nunca nem arranhou o Cassiano que vivia fuçando suas tigelas, montava nele e mordia suas orelhas.

Quando Mamute morreu, Cassino, então com nove anos, chorou por vários dias e nunca mais quis ter uma cão na vida, a não ser mais recentemente quando comprou um outro para fazer companhia para meu neto.

Ah, sim, infelizmente, muitas raças tem como “padrão” o corte de orelhas e/ou rabo. Agora, o artigo 39 da Lei de Crimes Ambientais considera esta prática, apenas para fins estéticos, como crime.

Tanto veterinários quanto qualquer pessoa que cometer tal ato, está sujeita à pena de detenção de três meses a um ano, além de multa.