Impressionante inundação na Austrália

Entra ano sai ano e as catástrofes se repetem. E isso vai continuar nas grandes cidades enquanto não façam obras necessárias como as galerias japonesas, algo parecido aos piscinões paulistanos -só que funcionam-. O problema, como todos sabemos é que obras subterrâneas não rendem voto. De modo que concreto e asfalto por todos os lados sem a devida infra-estrutura resulta em calamidade com qualquer chuva de verão.

A desculpa mais conhecida das autoridades é a irritante "na última noite choveu todo o esperado para o mês inteiro". Imagino o que aconteceria se estas grandes cidades estivessem na região das chuvas amazônicas onde "chove o esperado para o ano todo".

Além dos problemas sazonais, econômicos e políticos devemos somar as deficiências educacionais, sociais e geográficas: grande parte destas tragédias poderiam ser evitadas se na época da seca não permitissem construções em áreas de risco como margens de rio e encostas de morros e que a população aprendesse de uma vez por todas que rio não é aterro sanitário.

Já o problema do concreto e da falta de infra-estrutura não é somente nosso, catástrofes são noticiadas pelo mundo todo nas épocas de chuvas torrenciais evidenciando que a classe política é maldita em qualquer canto do planeta.

Vejam só o exemplo desta inundação que parece surgir do nada na cidade de Toowoomba em Queensland, Austrália, sem que ninguém esperasse já que a chuva deve ter acontecido na cabeceira do riacho que em pouco minutos se torna um rio caudaloso e violento arrastando tudo o que acha pela frente. Neste caso parece que, ao menos, os prejuízos foram só financeiros, mas pensem bem o que aconteceria se tivéssemos casas às margens dali. Os carros parecem miniaturas de brinquedo.