![]() | Para Salman Khoshroo, modelar cuidadosamente fibras grossas de lã em retratos tem um efeito terapêutico. O artista iraniano diz que sua série "Wool on Foam" nasceu de traumas e experiências recentes em quarentena. Ao esculpir as mechas de lã em narizes, lábios enrugados e cabelos soltos, Khoshroo evocou a delicadeza e vulnerabilidade que os humanos enfrentam em situações precárias. O que também é muito curioso nessa série é que ela acaba explorando nossa pareidolia de ver rostos e formas humanas onde elas não existem. |

Com efeito, a pareidolia é um fenômeno muito mais complexo do que apenas ver o rosto de Cristo em torradas e afins e pode estar muito bem marcada em nossos genes. A explicação para isso vem dos nossos ancestrais que precisavam reconhecer rapidamente formas humanas, ante o perigo de um predador, ou rostos amigáveis em tempos de conflitos.
Nesse sentido é quase impossível não ver o rosto de um cara ruivo de máscara refletindo sobre o momento complicado que a humanidade atravessa. Lógico, há também a possibilidade de que alguém só veja um monte de tufos de lãs amarfanhados.
Salman disse que sentiu a necessidade de encontrar novos materiais e uma nova mentalidade para reinventar sua prática e que a lã acabou trazendo calor e intimidade a esses retratos porque brinca com a provocação do instinto da criação.
Para seguir seus próximos projetos, que incluem a criação de esculturas de lã ainda maiores, acesse o Instagram de Salman.









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