Veja imagens assustadoras de uma sessão espírita de 1932 convocando os mortos

O movimento espiritualista moderno, que floresceu no final do século 19 ao início do século 20, centrou-se em torno da crença na existência de uma vida após a morte, onde os falecidos poderiam se comunicar com os vivos. Sua popularidade levou a um aumento de pessoas que trabalhavam como médiuns que alegavam poder fazer contato com os mortos e atendiam ao alto interesse público em participar de eventos como sessões espíritas. Esse interesse, no entanto, foi recebido com uma reação igualmente forte de céticos e não crentes.

Na maioria das vezes os espiritualistas sofriam pesadas consequências sendo expostos como farsantes e charlatães. Quer envolvessem ou não forças sobrenaturais, as sessões espíritas realizadas durante os movimentos do espiritismo ainda eram assustadoras.

Fotos antigas mostram médiuns sacudindo mesas, levitando objetos e cuspindo "ectoplasma" -que na verdade era gaze ou musselina, na maioria, senão na totalidade, dos casos-. Há muitas fotos de sessões espíritas antigas on-line, mas abaixo você pode ver algo muito mais raro: uma gravação de uma médium tentando entrar em contato com os mortos.

Esta filmagem do arquivo da AP mostra a médium britânica Louisa Ann Meurig Morris fazendo uma "demonstração dramática" na frente de uma platéia ao vivo em 1932. De acordo com a nota do editor no início do clipe: - "...foi a primeira vez na história dos filmes com som que as notícias do British Movietone conseguiram gravar uma sessão espírita."

A especialidade de Louisa Ann não era regurgitar tecidos ou fazer objetos voarem. Em vez disso, ela era famosa por entrar em transes, durante os quais canalizava um espírito chamado "Poder", que soltava divagações filosóficas e religiosas por até 45 minutos. Neste vídeo, seu ato clássico é aprimorado por microfones caindo do teto, aparentemente por conta própria. A interrupção não consegue quebrar sua concentração.

Esta sessão particular contou com uma testemunha famosa no palco de Jean Conan Doyle, a esposa de Sir Arthur. O autor de Sherlock Holmes era um espiritualista fervoroso, frequentava sessões espíritas e abriu sua própria livraria psíquica em 1925. Sua esposa aparentemente compartilhava seu interesse por assuntos sobrenaturais.

Para mais contexto: um incidente horrível ocorreu em Murcott, Oxfordshire, em 9 de outubro de 1918, quando a irmã mais nova de Louisa, então com 18 anos, Ivy, se envolveu em um acidente em uma fazenda. Ela estava trabalhando em uma máquina esmagando milho para fazer farinha quando seu cabelo ficou preso no fuso de uma correia de transmissão frouxa. Seu cabelo foi escalpelado e ela ficou chocantemente ferida antes que a máquina pudesse ser parada.

Ela faleceu em 2 de novembro. Como esse evento ocorreu pouco tempo depois do casamento de Louisa, ele desempenhou um papel no desenvolvimento de seu interesse pelo espiritualismo no seu desejo de falar com a irmã.

Louisa morreu de causas naturais em 4 de novembro de 1991, em Londres W8. Louisa Ann Meurig Morris tinha 91 anos e ainda praticava o espiritismo.