![]() | Os nomes "burro", "asno", "jumento", entre outros para designar as espécies de equídeos Equus africanus asinus é totalmente inconsistente. Os infames nomes derivam do fato que estes animais "empacam" se pressentirem que há algo errado, e não saem do lugar nem com reza brava. No entanto, a natureza destes animais é que formem amizades com seu humano ou com um outro de sua espécie, que duram toda uma vida. Veja o caso de um adorável burrico resgatado chamado Sammy, que vive no Santuário Freedom Farmhouse em Victor, estado norte-americano de Nova York. |

Ele estava de luto após perder inesperadamente seu irmão e melhor amigo, Petey, que viveram juntos a vida toda. Eles foram resgatados de um caso de crueldade animal há alguns anos. Após a morte de Petey, Sammy apresentou sinais claros de que estava se sentindo muito sozinho.
Embora seus donos, Emily Bott e Dylan Loewke, quisessem ter certeza de que respeitariam os sentimentos de Sammy, eles também achavam que Molly, uma burrica resgatada que havia chegado recentemente, poderia ajudar Sammy a encontrar a felicidade novamente.
O par se conheceu através de uma cerca e, quando chegou a hora certa, começaram a compartilhar o mesmo cercado. Emily disse que observar o desenvolvimento do relacionamento dos dois a ensinou muito sobre amor e perda.
- "Hoje em dia, Sammy e Molly fazem praticamente tudo juntos. Molly está sempre um ou dois passos atrás de Sammy, sempre o seguindo por aí", disse ela. - "Sammy me ensinou muito sobre como lidar com o luto. E algo que é tão importante para eles quanto para nós é a necessidade de companhia."
Há uma raiz evolutiva que explica este comportamento. Os ancestrais dos burros, os asnos selvagens africanos (Equus africanus), evoluíram em vastas regiões áridas com recursos escassos.
Em tal ambiente, formar grandes plantéis permanentes não era viável. Em vez disso, desenvolveram um sistema social flexível baseado em pequenos grupos e fortes laços seletivos, especialmente entre uma mãe e seu potro, que muitas vezes permaneciam juntos por toda a vida.
Esse sistema permitia que percorressem grandes distâncias em busca de alimento e água, ao mesmo tempo que contavam com um companheiro de confiança para segurança e apoio contra predadores.
Engana-se quem ache que estes animais sejam presas fáceis. Com seus coices e fortes mordidas eles colocam hienas e leões para correr; isso se os predadores conseguirem correrem antes de serem abatidos. Muitos africanos criadores de gado preferem ter um burrico de guarda do que uma arma de fogo.
Este comportamento de "pinscher equídeo" se acentua ainda mais em duplas. Um companheiro com quem se tenha um vínculo afetivo proporciona uma sensação crucial de segurança e estabilidade emocional.
Isso é essencial para o bem-estar dos burros, pois eles são animais que "mantêm a posição" quando confrontados com o perigo, ao contrário dos cavalos, que fogem para as montanhas e jamais empacam. Em um par, um pode descansar profundamente enquanto o outro fica de guarda, protegendo-os de predadores.
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