Mulher preferiu morrer para salvar a vida de seu bebê

Esta é uma história triste, triste e bela ao mesmo tempo. Bela porque uma mãe doou o que de mais importante tinha para que sua filha pudesse vir ao mundo. Quando Stacie Crimm se inteirou que por fim tinha conseguido engravidar aos 41 anos, estava feliz. Afinal sempre lhe diziam que não seria capaz de engravidar a essa idade. Ela chorava e ria, por não poder crer, após fazer cinco testes de gravidez em março passado.

Nos seguintes meses ela enviou 159 mensagens de texto sobre sua gravidez a seu irmão. Muitos se alegraram, mas então as mensagens arrepiantes começaram a chegar durante a madrugada. Ela dizia que tinha fortes dores de cabeça e visão dobrada, enquanto tremores sacudiam todo seu corpo. Em uma mensagem disse:

- "Estou preocupada com este bebê".

A princípio, ela e seu irmão usaram a Internet para tentar diagnosticar sua doença. A mãe solteira havia se exposto ao mofo, enquanto remodelava sua casa e seus sintomas pareciam coincidir com exposição ao mofo. Alentada por seus familiares, foi a vários médicos. Em julho, uma tomografia computadorizada revelou que tinha câncer em sua cabeça e pescoço.

Neste ponto crucial tinha que tomar a decisão mais difícil de sua vida: escolher entre sua vida ou a de seu bebê não nascido. Seu irmão Phillips, disse que sofreu muito antes de tomar a decisão de não fazer a quimioterapia com a esperança de salvar a vida de seu bebê e tê-lo entre seus braços.

Em 16 de agosto passado Crimm desmaiou na casa de seu irmão Ryan e foi levada ao Centro Médico da cidade de Oklahoma. Os médicos disseram que o tumor invasor tinha começado a se envolver ao redor do tronco do encéfalo.

Dois dias depois, em uma formosa manhã ensolarada, Crimm sentia-se bem e seu irmão até voltou ao trabalho. Mas ao meio dia o coração do bebê mostrou severas complicações e 90 minutos depois o coração de Crimm parou. Imediatamente ressuscitaram-na e decidiram praticar uma cesárea, para tirar Dottie Mae, que veio ao mundo com pouco mais de 1 kg.

Os médicos disseram a seu irmão que com um tratamento podiam oferecer uma pequena possibilidade de que sobrevivesse ao câncer. Mas a doença já havia cruzado um de seus olhos. Sua garganta estava quase paralisada e quando falava, era difícil entendê-la. Caiu em inconsciência. Seu irmão obteve a tutela, pois Crimm dizia com frequência que se não sobrevivesse, queria que ele e sua esposa cuidassem de sua filha junto a seus quatro filhos.

Em 8 de setembro, Crimm deixou de respirar. Médicos advertiram os familiares que ela provavelmente já estava morrendo. Seu coração parou mais uma vez, mas foi ressuscitada novamente. Ela ainda não tinha tido a chance de segurar a filha entre seus braços. Estava na última etapa do tumor cerebral. Uma enfermeira, sumamente comovida, conversou com os médicos sobre a possibilidade de mostrar a Crimm sua filhinha com os maiores cuidados.

Finalmente, quando Crimm acordou, seu irmão lhe perguntou se queria ver Dottie, ela abriu os olhos e levantou suas mãos, como se perguntasse "onde está?". Levantaram o bebê da incubadora sob o atento olhar de sua mãe. Colocaram-na sobre seu peito. Mãe e filha olharam-se nos olhos pela primeira vez durante vários minutos. Ela sorriu a seu bebê porque enfim estava em seus braços. Ninguém disse uma só palavra. As lágrimas diziam tudo.

Stacie Crimm morreu três dias depois. Na semana passada, Ray Phillips cumpriu sua promessa, e levou Dottie, agora já com 2 kg, para sua casa com seus novos quatro irmãos.

Fonte: NewsOk.