 | Várias organizações alertaram a não consumir o salmão chileno -quase (senão) a totalidade do salmão vendido no Brasil vem do Chile-, depois que uma pesquisa revelou o uso de antibióticos para sua criação. A Organização de Consumidores e Usuários do Chile (Odecu), a clínica de Meio Ambiente e Direito da Universidade de Yale, nos EUA, e o centro chileno Ecocéanos fizeram este chamado depois de conhecer as conclusões de um estudo realizado por esta última instituição. |
Segundo a Ecocéanos, no Chile são usados 546 toneladas de antibióticos para produzir 700.000 toneladas de salmão, número que supera a da Noruega, primeiro produtor mundial deste peixe.
Um outro estudo realizado na Argentina demonstrou que 66% dos salmões apresentavam restos de antibióticos prejudiciais para a saúde.
O uso de antibióticos para a criação dos peixes produz resistência aos medicamentos utilizados nos tratamentos médicos, segundo o diretor da Ecocéanos, Juan Carlos Cárdenas.
Uma coordenadora do Greenpeace, Estefanía González, esteve nas regiões de produção de salmão industrial no sul chileno e constatou que os peixes se encontravam amontoados em "salmoneiras" do tamanho de um campo de futebol com 30 andares de profundidade.
- "Dão antibióticos e químicos que depois liberam através da defecação, gerando muitos nutrientes que favorecem a origem de marés vermelhas, que são supremamente tóxicas e causam a mortandade de várias espécies", afirmou Estefania.
Chile é o segundo maior produtor de salmão após a Noruega, com uma cifra de 500.000 toneladas em 2017.
Fonte: BioBio.
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O uso de antibióticos de amplo espectro na produção de carnes é mas generalizado e perigoso do que se crê ou do que se sabe. Em piscicultura, avicultura, pecuária, suinocultura usam grandes quantidades de antibióticos para manter as taxas de produção no máximo. Além de antibióticos também usam quantidades ingentes de promotores de crescimento, que possivelmente são alguns dos responsáveis pelo aparecimento de câncer nos humanos