![]() | Após dar a luz, a placenta -o órgão que proporciona sangue e oxigênio ao feto- pode ser comido de várias formas, como em uma batida, uma lasanha e até em trufas de chocolate. Diliça! Recordemos que a placenta é o objeto redondo, plano e sangrento de 500 gramas que sai do corpo da mulher durante o parto. Sim, há pessoas que comem. Esta prática é conhecida como placentofagia, e nos últimos anos foi promovida por famosas como Kim Kardashian West e January Jones e se converteu em tendência. |

Segundo seus defensores, consumir placenta pode incrementar a produção de leite, ajudar com a depressão pós-parto, reduzir dor e incrementar a energia. É importante destacar que não há nenhuma evidência científica que confirme estas afirmações e que tal prática é baseada apenas na observação de outros animais.
Para ingeri-la, as pessoas costumam comê-la crua, prepará-la em um prato como os mencionados anteriormente -há um livro chamado "DIY Placenta Edibles" que fornece várias receitas- ou tomar cápsulas que contêm placenta desidratada.
My experience eating my placenta is up on my app! https://t.co/0aC3YXxIgv pic.twitter.com/xcCEtVCvzb
— Kim Kardashian West (@KimKardashian) 14 de dezembro de 2015
Não obstante, consumir placenta pode ter consequências graves para o bebê. Nesta semana, pesquisadores dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos publicaram um relatório sobre um bebê que adoeceu porque sua mãe ingeriu cápsulas que continham sua própria placenta.
O bebê nasceu saudável e sem nenhuma complicação em setembro de 2016, segundo o relatório da CDC. Mas pouco depois de nascer, o bebê começou a experimentar problemas respiratórios. Os teste realizados no hospital revelaram que o menino tinha uma infecção no sangue causado pelo estreptococo do grupo B, algo que pode ser mortal.
Os médicos trataram o bebê com antibióticos e deram-lhe alta após o tratamento. Após alguns dias, o bebê regressou ao hospital com a mesma infecção. Foi aí que os médicos descobriram que sua mãe estava consumindo cápsulas que continham sua própria placenta.

Quando os médicos analisaram as cápsulas, descobriram que tinham a mesma bactéria que estava causando problemas ao bebê. Enquanto as consumia, a mãe também lhe dava de mamar, o que provocou a infecção. O bebê melhorou com antibióticos e quando sua mãe deixou os comprimidos de placenta.
O CDC declarou que em certos casos de infecções de bebês, é importante perguntar se a mãe ingeriu placenta. Também adverte às mães que não devem consumir sua placenta. Não existem padrões para preparar a placenta para consumo humano, segundo a agência.
A explicação para outros animais que comem a placenta é puro instinto e defesa. Se a mãe na~comer a placenta de uma zebrinha que nasce no Serengeti, vai atrair leões e hienas para o filhote. Os seres humanos evoluíram de uma maneira que não precisamos fazer isso, a não ser que sejamos muito estúpidos.
Existem inclusive maridos comendo as entranhas das esposas nesta tendência totalmente sem sentido. Você pode ir a uma loja de produtos "saudáveis" e comprar algo chamado "colostro bovino", o líquido pré-leite produzido pelas glândulas mamárias da vaca logo após o parto, vendido com panaceia. Não é. Há histórias de pessoas que consomem chifre de rinoceronte como afrodisíaco. Tudo um monte de porcaria. Tudo modinha de saúde alternativa. Não há ciência por trás disso.
Fonte: CDC.
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Comentários
Cada vez que ouço de Kardashians, sei que vão falar de estupidez ou de estupidez.
Genial, agora temos também os come-placentistas. O mundo vai direto esgoto abaixo sem freios e acelerando. Não podemos esquecer que para fazer o mundo bem ignorante again temos também os negacionistas do clima.
Uma dúvida... as veganas podem comer sua própria placenta ou não?
Acho que se não tem glúten nem lactose, é porque deve ser bom. ;-)
Boa André! ^^
Rafinha, não esqueça de parar de ingerir alimentos de qualque espécie e se alimentar apenas de luz...
Antes minha mulher colocava ovos de jade na vagina, mas ao ficar grávida começou a usar ninhos de vespa. Tão logo dê à luz vamos comer sua placenta.
Além disso estamos usando adesivos da NASA para reequilibrar a freqüência energética de nossos corpos em relação a Terra Plana e bebemos água oxigenada a cada dia.
Já decidimos que não vamos vacinar o bebê para que não seja autista. Em todo caso estamos construindo um refúgio para quando chegue o fim do mundo.
Faça a ignorância grande de novo!