Quase 5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde a invasão russa, mas eles não sãos únicos obrigados a abandonar seus lares por causa das ações belicosas do ditador russo. Desde a invasão mais de 200.000 russos deixaram seu país. Lógico, eles não estão fugindo do ataque, senão que de seu próprio governo. Muitos, cerca de 25 mil, estão agora em Tbilisi, capital da vizinha Geórgia, um país que a Rússia invadiu em 2008. Como dá para imaginar, os russos não são os hóspedes mais bem-vindos pelos georgianos. E não se trata estritamente de animosidade de um povo contra o outro senão por temor a Putin. |
Os bielorrussos também estão em movimento, fugindo da repressão e das sanções ocidentais impostas ao governo do líder autoritário Alexander Lukashenko, conhecido lambedor de botas de Putin. Com efeito, há vários relatos de anfitriões do Airbnb se recusando a alugar suas propriedades para cidadãos russos e bielorrussos.
- "Não aceito russos e bielorrussos. Não é o momento deles tirarem férias, senão que de mostrar contrariedade contra seus governos corruptos", disse o dono de um imóvel a um casal que compartilhou sua conversa com a BBC.
Os imigrantes reclamam, no entanto, que não estão correndo para o conforto nem de férias, senão que já perderam tudo o que tinham em seus países e que são basicamente refugiados, porque a geopolítica de Putin destruiu suas vidas.
A maioria desses "refugiados" decidiu abandonar o país depois da nova lei de "traição do Estado", que entrou em vigor na Rússia. Qualquer pessoa que expresse apoio à Ucrânia pode enfrentar penas de prisão de até 15 anos.
Embora muitos tenham saudado os russos deixando suas casas, os georgianos temem que a Rússia já tenha muita influência em seu país e temem que um dramático influxo de russos possa aumentar essa influência, já que faz menos de 14 anos que o tirano russo invadiu a Geórgia.
Os georgianos temem que Putin possa alegar que cidadãos russos no exterior precisam de proteção, porque essa foi sua desculpa para justificar o envio de tropas para a região separatista da Ossétia do Sul em 2008. Até o momento, 20% do território georgiano permanece sob ocupação russa.
Desde o início da invasão, Tbilisi viu alguns dos maiores comícios em apoio à Ucrânia. Uma pesquisa recente descobriu que 87% dos georgianos veem a guerra na Ucrânia como sua própria guerra com a Rússia.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários
Vão pra outro país, ai se aglomeram em uma região e querem transformar aquela região em país, já vimos isso antes!