Por que os tapetes marroquinos são tão caros?

Todos podemos concordar que os tapetes marroquinos são um dos tapetes artesanais mais visualmente atraentes que existem, com todas as suas imperfeições, mas também podem ser um pouco caros. Alguns desses tapetes são tão caros que pode ser difícil justificar gastar muito dinheiro em um. Os tapetes marroquinos são caros porque são feitos inteiramente à mão, usando uma técnica de tecelagem antiga que remonta a tempos imemoriais. O nó berbere serve para amarrar os fios de um tapete, e não é um nó qualquer. É um nó duplo que pode ser difícil de desatar depois de amarrado.

O nó berbere não é algo que alguém possa fazer rapidamente; isso o torna uma excelente escolha para a fabricação de tapetes, pois o tempo gasto em cada tapete garantirá que não haja dois iguais. Na verdade, cada tapete marroquino é diferente de todos os outros tapetes porque cada um foi feito à mão usando esse tipo específico de técnica de amarração. Isso os torna peças de arte únicas que têm histórias para contar.

A densidade do nó berbere, com efeito, é um fator determinante significativo. A densidade refere-se ao número de nós usados por centímetro quadrado. Normalmente, vários nós por unidade de área serão diretamente proporcionais à qualidade de um tapete marroquino. Tapetes com muitos nós tendem a ser mais caros, pois levam mais tempo para serem feitos.

O conhecimento da tecelagem dos berberes é passado de geração em geração, e eles usam corantes naturais que exigem tempo e cuidado para serem produzidos. O resultado final é um produto de trabalho intensivo que leva meses para ser feito, então não é surpresa que esses tapetes possam ser bastante caros.

O Marrocos é famoso por seus tapetes. Embora sejam lindos e exclusivos do país e das pessoas que os tecem, o processo de fabricação desses tapetes é longo e envolve várias etapas. Por exemplo, um tapete de tamanho médio pode levar de três meses a três anos para ser feito por duas mulheres! Uma mulher tece o tapete enquanto a outra trabalha como porta-tear, segurando-o firmemente enquanto tece ao redor de seu corpo.

No Marrocos, a pecuária e a produção têxtil andam de mãos dadas. As ovelhas que fornecem a lã vivem na mesma aldeia que seus tosquiadores e fiandeiras. Sua lã é tosquiada à mão com uma faca de pedra e depois lavada em riachos antes de ser tingida com corantes naturais, como índigo ou hena. Finalmente, esta lã recém-tingida é fiada tecida em grandes teares por mulheres que fazem isso para viver.

As cores dos tapetes marroquinos não são feitas com corantes sintéticos como o típico tapete feito à máquina, mas sim com corantes naturais extraídos de uma variedade de plantas, flores e raízes. O processo de extração pode ser longo e tedioso, mas o resultado final vale muito a pena!

Os corantes são extraídos usando vários métodos diferentes, dependendo da cor do corante que está sendo produzida. Por exemplo, o azul índigo é extraído pela fermentação das folhas da planta índigo (Indigofera tinctoria) em água por pelo menos 48 horas antes de ser filtrado através do pano para outro recipiente. Os tons vermelhos são obtidos da hena (Lawsonia Inermis), que tem sido usada há mais de 5.000 anos para criar cores naturais vermelho-alaranjadas. Outras cores comuns usadas incluem rosa (Rubia tinctorum), roxo e azul (Crocus sativus) e verde (Reseda luteola).

Os melhores tapetes marroquinos são feitos por artesãs habilidosas que ficam com pequena parte do lucro, infelizmente. Vender diretamente aos consumidores é um desafio, por isso as fiandeiras geralmente dependem de intermediários e atravessadores que vendem os tapetes por muito mais nas grandes cidades. On-line, os tapetes marroquinos podem ser vendidos por vários milhares de dólares.

Nesse sentido, o canal do Youtube Insider Business foi até ao Marrocos para descobrir por que essas artesãos lutam para lucrar enquanto os tapetes marroquinos são valorizados em todo o mundo por seus padrões complexos e lã grossa.

Os tapetes fazem parte de uma tradição, contribuem para a cultura de seu país e contribuem para a história de sua comunidade, mas a própria comunidade parece não valorizá-lo tanto quanto deve, pois os tapetes marroquinos muito mais que um simples pedaço de tecido são uma extensão da personalidade do designer e do tecelão. Como qualquer forma de arte, quanto mais rara, mais valiosa.