Os insetos contam como "alimentação limpa"? Você pode querer considerar essa questão se você se importa com sua dieta, porque muitos alimentos aparentemente saudáveis nas prateleiras dos supermercados estão cheios de insetos que você não sabia que estava comendo. Na verdade, a pessoa média consome cerca de meio quilo de moscas, larvas e ácaros anualmente sem nem perceber. A melhor parte? Toda essa ingestão de insetos está de acordo com os regulamentos da de segurança alimentícia! A verdade é que o Manual de Política de Conformidade do FDA especifica quantos (e de que tamanho!) podem estar nos alimentos que comemos. |
Por exemplo, você sabia que comer um figo maduro se deliciará com pelo menos uma vespa que morreu dentro dele? As vespas-de-figo existem em uma relação simbiótica com figos, fornecendo serviços essenciais de fertilização para a fruta enquanto eclodem dentro dela e se alimentam dela. 10 gramas de lúpulo da cerveja tem ao menos 2.500 pulgões. 1 lata de milho verde, tem ao menos uma lagarta-do-milho esmagada. Extrato, molho e purê de tomate tem quantidades variadas de ovos de mosca.
No entanto, o exemplo mais notável não é de um inseto que se infiltra no produto, senão um que é colocado pelo próprio ser humano: a cochonilha, um pequeno inseto profundamente enraizado na história de Oaxaca, no México. As cochonilhas fêmeas passam a maior parte de suas vidas com a cabeça enterrada em suculentas almofadas de cactos, comendo e crescendo. Depois que morrem seu legado continua vivo na tonalidade vermelha brilhante produzida por sua hemolinfa. Corantes feitos de cochonilha são usados em têxteis, pinturas e até na comida!
A cochonilha é conhecida pela vibrante cor carmesim que produz. Essa cor vem do ácido carmínico em sua hemolinfa, fluido equivalente ao sangue em outros organismos. Como ninfas, as cochonilhas procuram um lugar nas almofadas dos cactos para se alimentar e se instalar. Elas rapidamente desenvolvem uma camada protetora de cera branca para se protegerem do sol quente. Depois que uma cochonilha fêmea encontra um local perfeito, ela se fixa permanentemente, vivendo lá pelo resto da vida.
Os povos indígenas do México colhiam cochonilhas, escovando-as dos cactos e secando-as ao sol, muito antes da chegada dos espanhóis, no século XVI. Por volta de 1700, o seu pigmento era tão valioso quanto a prata, estabelecendo a cochonilha como uma mercadoria global valorizada.
Em Oaxaca, os tecelões continuam a usar corante de cochonilha. Eles moem a cochonilha seca em um metate, dissolvem o pó em água fervente para tingir a lã e depois tecem com desenhos impressionantes. Os corantes à base de cochonilha são utilizados em têxteis, pinturas e até na alimentação como alternativa natural aos corantes artificiais. A cochonilha pode ser encontrada em algumas marcas de doces, sorvetes, bebidas, iogurtes, peixes e carnes. Alergias à cochonilha são possíveis, mas raras.
Hoje, o Peru é o maior produtor comercial de cochonilha, seguido pelo México. Este inseto também é encontrado em outras partes da América do Sul, nas Ilhas Canárias e no sudoeste dos Estados Unidos. Além disso, a cochonilha foi introduzida em países como a Etiópia e a África do Sul, onde se tornou uma praga.
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