Pintura de Rubens da crucificação de Jesus há muito perdida é descoberta em uma mansão em Paris

Uma pintura há muito perdida da crucificação de Jesus, de Peter Paul Rubens o mestre flamengo do século XVII, foi descoberta em uma mansão em Paris. O leiloeiro francês Jean-Pierre Osenat fazia uma visita de rotina à mansão, que se preparava para vender, quando encontrou a pintura em setembro de 2024, de acordo com a Agence France-Presse (AFP), que foi a primeira a relatar a notícia. Quando se deparou com a dramática pintura barroca, os instintos de Jean lhe disseram que era uma descoberta extremamente rara e incrível que definiria sua carreira como leiloeiro.

Nascido em 1577, Rubens tornou-se o pintor mais proeminente da tradição barroca de seu país. O artista era conhecido por dar vida a cenas históricas, mitológicas e religiosas por meio de cores vibrantes e representações de movimentos dramáticos. Ele foi um artista prolífico, criando cerca de 2.500 composições e 10.000 obras de arte, incluindo desenhos e tapeçarias.

O sombrio Cristo na Cruz, pintado em 1613, foi autenticado por Nils Büttner, historiador de arte alemão e especialista em Rubens. Ele utilizou imagens de raios X e análise de pigmentos para certificar a origem da pintura.

Nenhuma estimativa de preço foi fornecida, mas no ano passado, as pinturas de Rubens foram vendidas por entre US$ 1 milhão e US$ 5 milhões.

Embora Rubens frequentemente pintasse pinturas religiosas para a Igreja Católica, esta provavelmente foi criada para um colecionador particular. Especialistas acreditam que pertenceu a William-Adolphe Bouguereau, um pintor acadêmico francês do século XIX.

Na pintura, Cristo é visto de uma maneira dolorosamente realista, escreve Lils em um artigo que acompanha sua pesquisa.

- "Por trás do cenário rochoso verde e coberto de vegetação do Gólgota, há uma vista de Jerusalém iluminada, mas aparentemente sob uma tempestade."

Essa atenção aos detalhes também pode ser vista em "São Gregório de Nazianzo, um esboço bíblico de 1621 feito por Rubens que foi devolvido a um castelo na Alemanha no ano passado.