Apenas 66% dos jovens adultos americanos acreditam que a Terra é redonda, de acordo com nova pesquisa

O movimento da Terra Plana claramente não vai desaparecer tão cedo. Imagine só que entre 9 amigos, 3 deles são terraplanistas, embora os outros 6 argumentem que isso é uma grande bobagem. Como são mais barulhentos (afinal você não precisa sair por ai dizendo para todo mundo qual é o fomato da Terra) é preocupante porque acaba se alastrando e transformando o cientificamente caprichoso em ridículo, dando a essas crenças uma plataforma.

Ainda assim, é um fenômeno que vale a pena investigar e uma pesquisa da YouGov fez exatamente isso. Os resultados são inquietantes: entre 8.215 adultos americanos, 84% ​acreditam que o mundo é redondo. No entanto, quando olhamos a faixa entre 18 a 24 anos, esse percentual cai para 66%. E esta discrepância é proporcionalmente direta na relação idade/crença atingindo um pico de 94% para quem tem mais de 55.

A simples ideia de que apenas dois terços dos jovens aceitam que o planeta é um esferóide oblato é profundamente preocupante, mas espere... tem mais: 5% dos adultos que sempre acreditaram que o mundo era redondo, agora estão em dúvida. Esse número sobe para 9% entre os jovens de 18 a 24 anos.

De modo geral, quanto mais velho, menor é a probabilidade de ter qualquer crença na Terra Plana. Nesse sentido, então, a tendência é o oposto para a aceitação da teoria da evolução em sua forma mais básica, com pessoas mais velhas menos propensas a aceitar que a vida evoluiu ao longo do tempo.

A maioria dos terraplanistsa, talvez menos surpreendentemente, é muito religiosa (52%). Um estudo recente encontrou ligações entre tipos de vieses cognitivos e vários pontos de vista, constatando que os conservadores religiosos exibem consistentemente uma baixa fé na ciência e uma relutância em apoiar a ciência.

Não sabemos se é possível extrapolar esta realidade para os brasileiros, mas não seria de duvidar. Também não está claro no momento por que pessoas entre 18 e 24 anos têm mais probabilidade que outras de duvidar da forma do planeta. É possível que o clima político atual de pós-verdade, juntamente com o uso indevido das mídias sociais, esteja botando mais lenha na fogueira da ignorância, mas isso é desconfortavelmente justaposto ao fato de que os milênicos, o grupo vagamente definido de jovens adultos que muitas vezes incluem adolescentes, são mais instruídos do que as últimas três gerações de americanos.