 | O timpanismo ruminal, também conhecido como empanzinamento e meteorismo ruminal, é de fato uma condição que afeta principalmente animais ruminantes, como bovinos, ovinos e caprinos. A doença caracteriza-se pela distensão acentuada do rúmen e retículo -compartimentos do estômago dos ruminantes onde ocorre a fermentação dos alimentos-, causada pelo acúmulo excessivo de gases provenientes da fermentação ruminal e pela incapacidade do animal em expulsar os gases produzidos através mecanismos fisiológicos normais, que acarreta um quadro de dificuldade respiratória e circulatória, com asfixia e morte do animal. |
O acúmulo excessivo de gases no rúmen pode levar a vários problemas de saúde, incluindo pressão em órgãos vitais, dificuldade em respirar e até morte se não for tratado imediatamente.
O tipo de tratamento a ser feito varia de acordo com o tipo de timpanismo e o grau de severidade do caso. Muitas vezes os sintomas só são observados em condições avançadas, quando se torna necessário o uso de medidas de emergência para que se consiga salvar o animal.
As estratégias de tratamento geralmente envolvem a retenção temporária de alimentos para permitir que o gás se dissipe naturalmente, juntamente com outras medidas, como manipulação física do rúmen e administração de agentes anti-inchaço.
O uso de sonda orogástrica, que é colocada pela boca do animal e que vai até o estômago, pode ser útil para expulsar algum gás, antes que seja obstruída pela espuma e por restos alimentares.
Em casos graves, quando não se faz possível o alívio com o auxílio da sonda, uma agulha chamada trocáter pode ser usada para perfurar o rúmen para liberar o acúmulo de gás e aliviar a pressão.
Esta intervenção deve ser realizada cuidadosamente por indivíduos treinados para evitar maiores complicações. A gestão do inchaço nos ruminantes é essencial para o seu bem-estar e saúde e destaca a importância de práticas nutricionais e de criação adequadas na gestão do gado.
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Comentários
Meu avô era veterinário prático. Na década de 80 já estava com mais de 70 anos e muita experiência. Na cidade de São Pedro dos Ferros, em Minas Gerais, ele foi fazer um atendimento em uma vaca empanzinada, cheia de gás. A rês estava deitada no chão de um curral coberto e o ambiente era iluminado por uma lamparina que o campeiro segurava. Meu avô o alertou acerca dos gases que saiam da vaca, após a inserção do catéter. Em determinado momento, o campeiro, para atender alguém que chegava na fazenda, pulou por cima da vaca com a lamparina acesa, o que causou uma chama alta, e o gás acumulado no telhado de quatro águas do curral causou uma explosão que levantou até as telhas. As pessoas em volta, uma quatro, caíram ao chão junto com o campeiro, que teve as sobrancelhas chamuscadas. Meu avô, com toda paciência, colocou o dedo no catéter e o tampou, extinguindo a chama. A vaca ficou só u pouco chamuscada, mas nem se mexeu. Depois de ouvir um sermão do meu avô, o campeiro foi atender a visita que chegava.