A geóloga que é encantadora de beija-flores

Pergunte a Melanie Barboni, pesquisadora assistente da UCLA, sobre erupções vulcânicas e métodos para avaliar atividades vulcânicas perigosas, e ela poderá lhe dar alguns detalhes científicos sobre o reservatório vulcânico de Soufriére, na ilha caribenha de Santa Lúcia, que ela estudou. Pergunte a ela sobre a lua, e ela lhe contará como foi sua participação na equipe que determinou sua idade. Fora da cena científica, no entanto, Melanie é conhecida por um assunto que não tem nada a ver com geologia ou vulcões: beija-flores.

Todos os dias, a "encantadora de beija-flores", como Melanie às vezes é chamada, recebe nuvens dessas aves "fadas" na janela de seu escritório do campus com o néctar que ela prepara com açúcar e água.

Em um frenesi e um flash de verdes, azuis, vermelhos e roxos iridescentes, os apodiformes voam em torno de quatro alimentadores de 2,2 litros pendurados do lado de fora das janelas de seu escritório térreo. Se ela colocar a mão na borda de um alimentador, eles se empoleiram ali em reconhecimento afetuoso ao humano que os alimenta.

- "Se eu não alimentá-los na hora certa, os beija-flores irritados voarão até meu escritório para 'gritar' comigo", ri ela. - "Eles são tão exigentes, mas sabem que darei tudo a eles."

O forte vínculo que esses pássaros desenvolveram com ela ao longo de dois anos é mutuamente vinculativo. Essa cientista está tão fascinada pelos beija-flores que não consegue ir a um lugar onde eles não existam. Ela nasceu e foi criada na Suíça, onde os beija-flores são inexistentes.

Melanie conversa com os pássaros que às vezes voam para seu escritório e reconhece pelo menos 50 pelos nomes que ela lhes deu. Alguns dos beija-flores mais ousados até permitem que ela os segure, acaricie suas penas e veja seus ninhos.

Como uma apaixonada por pássaros que cresceu na Suíça, ela sempre admirou essas criaturas coloridas de longe — mas nos livros. Ela acreditava que eram fadas mágicas por serem tão elusivas e belas.