![]() | Galinhas porcos, cabras, ovelhas, gatos, coelhos, cobaias e lhamas, entre outros parecem plausíveis para domesticar: pequenos ou médios, não extremamente perigosos e mais fáceis de capturar e treinar. Já animais como a hiena, chita, gaivota, guaxinim, corvo, veado e javali são espécies que demonstraram potencial para domesticação, mas não foram ou foram negligenciadas por vários motivos, como dificuldade de manejo, comportamento imprevisível, risco de ferimentos ou benefício humano limitado em comparação a outras espécies. |

Padrões do que geralmente torna uma espécie possível de ser domesticada:
- Não pode ser muito exigente na dieta. Coalas não funcionam devido à sua dieta extremamente específica.
- Deve atingir a maturidade rapidamente em relação à vida útil humana. Elefantes não funcionaram porque levam muito tempo para se tornarem adultos.
- Deve estar disposto a se reproduzir em cativeiro. Guepardos não funcionaram devido a rituais de cortejo elaborados que eles não realizam em cativeiro.
- Geralmente precisa ser dócil por natureza. Lobos foram uma exceção a essa regra.
- Geralmente precisa não ser muito arisco. Ovelhas foram uma exceção devido aos seus instintos de rebanho que as tornam fáceis de trabalhar mesmo quando ariscas.
- Geralmente precisa ser capaz de se conformar a uma hierarquia social, muitas vezes marcada por reconhecer um humano como seu 'líder' animal dominante. Gatos são uma exceção a essa regra.
Tentamos domesticar certos animais e falhamos. Isso aconteceu por vários motivos. Na maioria das vezes, alguns animais são tão cautelosos com os humanos que fogem à primeira vista. Outros são simplesmente agressivos demais para serem domesticados, o que pode levar a ataques e até mesmo à morte do criador. Abaixo uma lista destes animais.
Hienas

Os antigos egípcios tentaram domesticar hienas, e alguns indivíduos mostraram sinais de serem capazes de formar relacionamentos com humanos, embora a prática não fosse muito difundida. Ainda hoje existem os homens-hiena na Nigéria. Eles não apenas enfiam a cabeça na boca das hienas, mas também arreganham suas bocas para mostrar as presas e montam os animais como cavalos.
Dingos

Embora semelhantes aos cães, os dingos nunca foram domesticados com sucesso, devido a sua natureza selvagem e forte independência, que os permite viver sem depender dos humanos.
Ademais há uma grande diferença na forma como tratamos cães e dingos. Os primeiros nativos australianos os consideravam uma fonte de alimento. Além disso, os nativos australianos não criavam os animais seletivamente por suas características favoráveis
Chitas

As chitas são naturalmente ansiosas e prosperam em cativeiro até se tornando dóceis como um gatinho, mas não foram domesticadas adequadamente para uso generalizado porque não reproduzem em cativeiro.
Gaivotas e guaxinins

São animais inteligentes, safados e sociais que aprenderam a viver perto de humanos e apresentam sinais precoces de domesticação.
Gaivotas se acostumaram a botar o terror nos turistas nos balneários e guaxinins, apesar da aparência fofa, são agressivos e destrutivos. São naturalmente curiosos, gostam de se movimentar e rapidamente se tornam destrutivos quando confinados a um espaço.
Como eles tem polegar opositor como os humanos, geralmente tentam abrir qualquer coisa que alcancem. Eles também são especialistas em escapar. Aliás, esta é uma das principais razões pelas quais as tentativas de domesticação falharam. Além disso, eles gostam de ficar sozinhos, não são animais sociais e não são leais aos humanos.
Corvos e gralhas

São aves altamente inteligentes, sociais e têm uma compreensão complexa da linguagem, mas muitas vezes são vistas mais como amigas do que como verdadeiros animais domesticados.
Zebras

No começo do Século XX os europeus tentaram domesticar zebras como animais de montaria e de tração. A iniciativa foi um insucesso estrondoso.
Embora semelhantes aos cavalos, as zebras são imprevisíveis, propensas a atacar pessoas e não reagem bem sob estresse, o que impede sua domesticação.
Para sobreviver em um ambiente africano hostil, onde há uma abundância de grandes predadores, a zebra evoluiu para ser um animal particularmente alerta e reativo que foge em face do menor perigo, mas também possui uma resposta poderosa se capturada.
Em outras palavras, a seleção natural criou zebras para serem nervosas, inconstantes e brutalmente agressivas quando em perigo imediato. Elas podem até matar um leão com um único coice. A familiaridade com caçadores-coletores humanos também pode ter promovido uma forte reação de esquiva na zebra.
Alces

Alguns séculos atrás, quando a cavalaria ainda era uma realidade, o Rei Carlos XI da Suécia decidiu que queria um animal mais feroz para substituir seus cavalos. Um animal que fizesse os cavalos dos inimigos fugirem do campo de batalha à primeira vista. Ele escolheu o alce.
Péssima ideia, ainda que o alce possa ser um trator para tração em um grande animal de corte, o plano do rei nunca deu certo. Como ele descobriu mais tarde, o alce era perigoso demais para se aproximar. A situação piorava durante a época de acasalamento, quando o animal se torna incontrolavelmente agressivo. Além disso, o alce é suscetível a doenças e tem uma dieta variada e difícil de fornecer.
Raposas

As raposas são difíceis de domesticar devido à sua teimosia inacreditável. Antigamente, domesticamos completamente as raposas. No entanto, elas desapareceram e as tentativas modernas de domesticá-las novamente foram parcialmente bem-sucedidas.
Ironicamente, a raposa extinta que domesticamos era chamada de cão-de-fogo. Ela foi domesticada a partir de populações selvagens de raposa-colorada. Curiosamente, o cão-de-fogo não era muito popular na época, provavelmente porque não era tão útil quanto um cão comum.
Bonobos

Os bonobos são únicos nesta lista porque não são animais selvagens. São animais domésticos, embora não tenham sido domesticados por humanos. Os bonobos domesticaram a si próprios.
Os cientistas não sabem ao certo como isso aconteceu. Mas acreditam que começou a ocorrer há cerca de dois milhões de anos, quando o Rio Congo se formou na África. Esse evento separou os ancestrais dos bonobos e dos chimpanzés que ali viviam.
Os primatas ao norte do rio evoluíram para se tornarem maiores e mais agressivos porque competiam com os gorilas maiores por alimento.
Do outro lado do rio estavam os primatas que se tornariam os bonobos. Eles tinham comida mais do que suficiente, e também não havia gorilas.
Suas fêmeas tornaram-se exigentes e decidiram com quais machos queriam acasalar. Os machos agressivos morreram porque as fêmeas preferiram machos mais dóceis.
Bisões e búfalos

Embora sejam semelhantes às vacas, sua natureza selvagem e periculosidade podem ter tornado difícil domesticá-las em massa. Em todo o caso, diferente do búfalo-do-cabo, existem alguns exemplos de búfalos dóceis domesticados na Índia, Vietnã e na ilha do Marajó, no Pará.
Coiotes

Todas as tentativas de domesticar o coiote falharam porque ele naturalmente evita os humanos. Criadores humanos também desconfiam desses animais porque eles podem ser infectados com doenças perigosas como raiva e tularemia.
No entanto, alguns criadores enfrentaram esses riscos e tentaram domesticar o coiote. Um método comum é cruzar um coiote macho com uma cadela. Embora o híbrido resultante seja menos agressivo com humanos, não é um coiote verdadeiro.
Ursos e felinos

O tamanho e a natureza perigosa de ursos e outros grandes felinos, fazem com que representem um alto risco para os humanos.
O urso-beicudo e o urso-malaio são descritos como tendo uma aparência mais dócil ou serem menos agressivos em comparação com outros, mas ainda assim são animais selvagens que podem atacar. Seja como for estes ursos são costumeiramente criados como pts no Nepal e Sri lanka e na Malásia, respectivamente.
Pandas têm grande dificuldade para reproduzir naturalmente por serem animais solitários, com a fêmea ficando fértil apenas um ou dois dias por ano, e o acasalamento em cativeiro pode ser complicado devido à falta de atração sexual ou à dificuldade em escolher parceiros. Esses fatores, somados à baixa ingestão calórica pela dieta de bambu, à baixa disposição para o acasalamento e à agressividade de alguns machos, fazem com que o processo seja muito desafiador.
Ameaçados de extinção nas florestas, os programas de reprodução animal em cativeiro, incluindo o uso de inseminação artificial, são vistos como fundamentais para salvar os ursos pandas gigantes.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig: 461.396.566-72 ou luisaocs@gmail.com
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários