![]() | Dali Koumbé é uma pequena aldeia na Mauritânia, onde uma condição genética causa cegueira em muitos dos seus habitantes, tornando-a conhecida como a "aldeia dos cegos". Apesar da adversidade, os moradores desenvolveram uma forte resiliência e um profundo senso de comunidade, usando outros sentidos para se orientar e confiando no apoio mútuo. A aldeia enfrenta desafios como escassez de água e acesso limitado à saúde, mas os esforços de ONGs e o espírito de aceitação da comunidade visam melhorar as suas condições de vida. |

Segundo dica do amigo Rusmea,via Facebook, uma lenda local conta que a prevalência de cegueira na aldeia tem origem em uma profecia transmitida de geração em geração.
Conta-se que uma mulher teve um sonho em que lhe foi previsto que daria à luz um homem virtuoso, mas cego. Desde então, a cegueira congênita tornou-se um fenômeno recorrente na aldeia, afetando várias famílias ao longo de gerações.
Apesar dos desafios impostos pela cegueira, os habitantes de Dali Koumbé desenvolveram estratégias de resiliência impressionantes. Eles se movem com facilidade pelo ambiente usando seus outros sentidos. A comunidade é unida e profundamente espiritual.
Um exemplo notável é o do Sheikh Mohammed Mahmoud, um imã cego que ensina o Alcorão às crianças e ajuda a manter a coesão espiritual e social da aldeia.
Os habitantes de vivem principalmente da agricultura e da prestação de serviços às aldeias vizinhas.
No entanto, a cegueira tem repercussões significativas na vida econômica e social da aldeia. Alguns usam seu olfato aguçado para localizar fontes de água, enquanto outros dependem da mendicância.
Apesar da singularidade da sua situação, os habitantes de Dali Koumbé receberam pouca ou nenhuma assistência do governo da Mauritânia
A Mauritânia enfrenta desafios significativos relacionados à pobreza e à corrupção, sendo geralmente classificada entre os países de baixo desenvolvimento humano e com altos índices de percepção de corrupção.
Uma parcela significativa da população vive em condições de pobreza multidimensional, o que significa privações em saúde, educação e padrões de vida, além da renda monetária.
Os moradores esperam que o governo ou organizações internacionais intervenham para fornecer atendimento médico especializado e evitar novos casos de cegueira.
No entanto, é difícil acreditar que as pobres pessoas mostradas neste vídeo vão ter a atenção devida das autoriodades do país.
A infraestrutura médica necessária para tratar ou prevenir a cegueira congênita é precária, e os moradores sentem-se abandonados.
As causas exatas da cegueira na aldeia permanecem incertas. As hipóteses incluem fatores genéticos, consanguinidade e condições ambientais não identificadas. No entanto, nenhum estudo científico aprofundado foi realizado até o momento.
Mas com base em situações semelhantes em comunidades isoladas em todo o mundo, tudo leva a crer que se trata principalmente de distúrbios genéticos devido à consanguinidade.
A explicação mais provável, apoiada por relatos sobre a aldeia e por estudos gerais sobre cegueira congênita na região, é a prevalência de mutações genéticas hereditárias em uma população fechada e isolada.
Dali Koumbé é uma aldeia remota no coração do Deserto do Saara, onde casamentos consanguíneos provavelmente ocorrem dentro da comunidade ao longo de gerações.
Os casamentos consanguíneos, por sua vez, aumentam significativamente a probabilidade de surgimento de doenças genéticas recessivas raras, já que os descendentes têm maior probabilidade de herdar duas cópias de um gene mutado de ancestrais comuns.
Este é um fator importante na cegueira hereditária também em outras populações isoladas.
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