![]() | Todos os tipos de criaturas ocasionalmente comem membros de sua própria espécie, mas aqui vamos falar especificamente de quando um animal, particularmente insetos e aracnídeos, come seu parceiro antes, durante ou logo após o acasalamento, o que os cientistas chamam de "canibalismo sexual", que ocorre com mais frequência entre espécies com dimorfismo sexual de tamanho. Mas uma coisa é notavelmente consistente: quase sempre são as fêmeas que fazem um lanchinho. Por que são os machos que sempre acabam virando jantar? |

Já que as fêmeas põe os ovos ou nutrem os filhotes dentro de seus próprios corpos, se um macho comesse uma fêmea antes, durante ou logo após o acasalamento, não haveria filhotes.
Portanto, qualquer macho que se alimentasse regularmente de suas parceiras não seria capaz de transmitir sua herança.
Na verdade, apenas as fêmeas tem o hábito de almoçar seus parceiros e, às vezes, esse hábito realmente compensa.
Por exemplo, matar um pai que, de outra forma, ajudaria a criar os filhotes não faz muito sentido.
Mas em espécies onde os machos não ajudam, a fêmea fica sozinha para criar os filhotes -às vezes muitos– o que exige muita energia.
Então, se um lanche conveniente e rico em proteínas estiver bem ali na frente, é extremamente vantajoso para ela devorá-lo.
Um estudo descobriu que as fêmeas de louva-a-deus que comiam seus parceiros botavam mais que o dobro de ovos do que aquelas que não o faziam.
O que pode dar a impressão de que comer o parceiro ajuda tanto as fêmeas quanto os machos a deixarem um legado genético maior.
Mas, como o macho acaba morto, suas perspectivas futuras terminam; se ele não tivesse sido comido, poderia ter acasalado novamente, e novamente... deixando muito mais filhotes para trás.
Em alguns casos, porém, ser comido parece beneficiar os machos.
Após o acasalamento das aranhas-viúva-negra, o macho frequentemente dá uma cambalhota para dentro das presas da fêmea, oferecendo-se a ela.
Os cientistas acreditam que esse auto-sacrifício evoluiu porque, nessa espécie, a grande maioria dos machos é devorada por predadores antes mesmo de ter a chance de acasalar.
Portanto, se um macho de aranha-viúva-negra tiver a sorte de realmente acasalar, é quase certo que ele não terá outra chance. Ele bem que poderia se sacrificar pela sua parceira para garantir que os filhotes sejam bem cuidados.
Então, já falamos sobre por que os machos são devorados durante e depois da reprodução, mas o que acontece quando uma fêmea come um parceiro em potencial antes do acasalamento, o que garante exatamente zero descendentes do casal?
Bem, em certas espécies, como as aranhas-pescadoras, a competição é intensa, então vale muito a pena para as fêmeas serem super agressivas, e toda essa agressividade inata pode acabar sendo direcionada acidentalmente para um parceiro em potencial... ops!
A questão principal é que, embora pareça impensável para nós, às vezes faz sentido que as fêmeas realmente comam seus parceiros.
O corpo do macho fornece proteínas essenciais e energia para a fêmea, ajudando-a a produzir mais óvulos viáveis ou a sustentar a gestação.
Ser devorado pode prolongar o acasalamento, aumentando as chances de fertilização e reduzindo a competição futura com outros machos.
Para o macho, pode ser o ato supremo de sucesso reprodutivo, garantindo que seus genes sejam transmitidos, como se observa em algumas aranhas e louva-a-deus.
Antes ou depois de copular com as fêmeas, certos machos de espécies de aranhas da superfamília Araneoidea tornam-se semi-eunucos ou totalmente eunucos, com um ou ambos os pedipalpos (genitais masculinos) cortados.
Esse comportamento é frequentemente observado em aranhas sexualmente canibais, fazendo com que elas exibam o "fenômeno do eunuco".
Devido à possibilidade de serem devorados durante ou após a cópula, os machos de aranha utilizam a mutilação genital para aumentar suas chances de acasalamento bem-sucedido.
E é aqui que as coisas ficam realmente estranhas: o macho pode aumentar suas chances de paternidade se os órgãos copulatórios da fêmea forem bloqueados, o que diminui a competição espermática e suas chances de acasalar com outros machos.
Se um macho cortar com sucesso seu pedipalpo dentro do duto copulatório da fêmea, o pedipalpo pode não apenas servir como um tampão, mas também continuar liberando esperma para as espermatecas da fêmea, aumentando novamente as chances de paternidade do macho. Isso é chamado de "cópula remota".
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