![]() | A ideia de criar espaços protegidos contra ameaças externas já aparecia na antiguidade, mas os bunkers, como conhecemos hoje, se notabilizaram a partir da primeira guerra. No início eram instalações subterrâneas simples, mas em resposta às crescentes ameaças de bombardeios aéreos e armas nucleares, os bunkers estratégicos se tornaram mais profundos e evoluíram para atender a diversas necessidades militares, governamentais e civis. Da Segunda Guerra Mundial à Guerra Fria, essas estruturas subterrâneas abrigaram postos de comando, centros de comunicação, fábricas de produção militar e até hospitais. |

Naqueles primeiros abrigos subterrâneos civis o mais importante era garantir a proteção e sobrevivência das pessoas, muitas vezes em espaços contíguos impróprios para qualquer claustrofóbico.
Com o protagonismo de "loucos de pedra", como Vladimir Putin, que não titubeariam em jogar bombas cada vez mais perigosas, o Juízo Final parece um evento mais próximo no horizonte.

E, lógico, os mais ricos querem sobreviver a ele, mas não em espaços claustrofóbicos, senão em instalações fortificadas que oferecem conforto e uma série de regalias: spa, alta gastronomia e projeções panorâmicas que simulam paisagens externas estão entre os atrativos dessas instalações.

Foi assim que o mundo do mercado imobiliário de alto padrão abraçou um novo conceito: os bunkers de luxo, construídos para proteger bilionários de um possível "apocalipse" provocado por guerras, efeitos das mudanças climáticas e outras ameaças globais.
Esta opção é dedicada ao "bilionário pobre", que, apesar de rasgar dinheiro, não tem bilhões o bastante para construir um bunker para chamar de seu.]
Um apartamento de aproximadamente 185 metros quadrados custa a bagatela de R$11 milhões e dependendo do acréscimo de mais espaço e comodidades o valor pode alcançar R$100 milhões.

Mas "calma com o andor que o santo é de barro". Não vá sair correndo para sacar seus 100 milhõezinhos da sua poupança. A Safe, uma empresa que pretende construir até 1.000 complexos como este pelo mundo avisa que a adesão só é feita por convite, não é para todo mundo.
Essa tendência é impulsionada pelo desejo de segurança, privacidade e manutenção de um alto padrão de vida durante eventos catastróficos em diversos cenários apocalípticos, incluindo guerra nuclear, desastres climáticos, pandemias e agitação social.

Especialmente no Vale do Silício, existe um receio em relação aos riscos associados à Inteligência Artificial Geral (IAG).
Esses bunkers são vistos como uma forma de seguro, servindo tanto como um porto seguro quanto como um investimento que pode se valorizar.

A elite busca privacidade e isolamento incomparáveis da população em geral, muitas vezes construindo em áreas remotas como a Nova Zelândia.
Neste vídeo abaixo, o repórter da BBC News Brasil Shin Suzuki explica como a experiência de "sobreviver ao apocalipse" está sendo transformada em algo próximo a um resort embaixo da terra.
Mas estes não são abrigos comuns; são mansões subterrâneas fortificadas, equipadas com piscinas, ginásios, spas, teatros e jardins hidropônicos para conforto a longo prazo.
Se você pretende sobreviver a um eschaton pode ir "tirando seu cavalinho da chuva" radioativa. Os sobreviventes de um apocalipse nuclear provavelmente seriam criaturas pequenas e adaptáveis, como tardígrados, baratas, moscas-das-frutas e certos micróbios, juntamente com escorpiões, vespas e pequenos animais escavadores, devido à sua resistência à radiação e rápida reprodução.
Para os humanos, a sobrevivência depende da geografia, como em áreas remotas dos hemisférios, como a Terra do Fogo ou Islândia, mas sou capaz de apostar que neste momento existe uma bomba apontada para cada um destes destinos.
Ademais, além da sorte, estes possíveis sobreviventes deveriam estar bem preparados com habilidades agrícolas, médicas e de sobrevivência extrema, e servidos de fartos suprimentos.
Comunidades resistentes e autossuficientes em regiões menos afetadas são as que melhor resistiriam aos efeitos da precipitação radioativa -que decai em questões de semanas- e do inverno nuclear.
O perigo da precipitação radioativa diminui rapidamente -dias/semanas-, enquanto os severos efeitos climáticos de um inverno nuclear podem durar uma década ou mais, com a radiação a longo prazo de certos isótopos persistindo por séculos ou milênios.
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