A família nazista perfeita

Olhar a primeira fotos deste artigo pode remeter-nos a consideração de que o homem da fotografia foi um homem normal, fiel esposo e pai amado. No entanto, não se deixem enganar pelas aparências. Seu nome era Sigmund Rascher e foi um desses raros (ou não tão raros) espécimes de humano que, de vez em quando, o Homo Sapiens tem o mau gosto de parir.

Sigmund Rascher foi um médico da SS e acho que com esta superficial descrição vocês já podem ter uma ideia do tipo de personagem do qual estamos falando. Junto a Mengele (O anjo da morte)
seus experimentos poderiam servir para encher nossos pesadelos durante toda uma vida, o problema é que foram reais.


As pesquisas de Sigmund Rascher centraram-se sobretudo em três aspectos.

Os efeitos da altura no ser humano. Submetendo inúmeros voluntários prisioneiros a situações extremas de altitude (até mais de 15.000m) em uma câmera de pressão.

Sigmund registrava meticulosamente todos os sintomas que seus "porquinhos da Índia" iam sofrendo, entre elas:

• Convulsões espasmódicas.
• Respiração agoniada e compulsiva.
• Gritos.
• Convulsões de pernas e braços.
• Caretas. Mordidas na língua.
• Perder a consciência.
• Dá a impressão de estar morta.

Também, junto com Mengele, estudou os efeitos da hipotermia e a capacidade de tolerância do ser humano em água gelada.

Submergia os prisioneiro em tanques de água com gelo e testava com diferentes roupas. Ao mesmo tempo mantinha uma outra pessoa nua submersa no gelo para poder comparar. Neste caso, como no anterior, os dados também eram fria e sistematicamente anotados:

E por último, realizou também
experimentos sobre a coagulação do sangue desenvolvendo remédio que chamou de Polygal. Tomando este medicamento de forma preventiva, segundo dizia, as hemorragias produzidas por feridas de combate seriam menores.As pessoas que ele disparou no peito e no pescoço ou amputou um membro para testar o remédio não viveram para contar.

Mas Sigmund Rascher não se conformava somente em ser um dos mais afamados médicos do III Reich e amigo íntimo de Himmler, Sigmund também queria ser o perfeito alemão e que sua família fosse a "Família Ariana perfeita".

Por isso se vangloriava de que sua mulher, apesar de ter 48 anos, era ainda capaz de dar a luz perfeitos bebês arianos loiros e de olhos azuis. Himmler dizia que os Raschers eram um exemplo da "Famila perfeita da SS".

Sua mulher, Karoline Diehl.

Mas um dia a casa caiu para Sigmund quando sua mulher estava a ponto de dar a luz, ao que seria seu quarto filho ariano, descobriram-na tratando de sequestrar um bebê recém nascido de uma de suas empregadas.

Quando se aprofundaram um pouco mais no assunto, descobriu-se que os outros três perfeitos meninos arianos também não eram do casal e tinham sido comprados ou raptados. A sanha de Himmler ao descobri-lo foi monumental e ao menos por uma vez, fez-se justiça pelo próprio grupo Alemão.
Sigmund e sua mulher Karoline foram executados sumariamente, em abril de 1945, no campo de concentração de Dachau.

Fonte: Wikipédia e Mad Scientist Blog.