Mulher acusa policial de racismo, mas não sabia que toda a ocorrência foi gravada

No dia 27 de abril, uma mulher da Carolina do Sul teve que parar no acostamento da rodovia devido a solicitação de um policial. Dawn Hilton-Williams imediatamente entrou no Facebook após o incidente e compartilhou sua experiência com lágrimas, afirmando que fora intimidada por um policial racista, que ameaçou tirá-la do carro: - "Eu estava indo a 110 km/h em uma zona de 100", disse ela no vídeo de 11 minutos, onde destacou o quão traumático foi a situação e como ela temia ser agredida ou baleada. Veja o vídeo:

Depois que o vídeo se tornou viral, o xerife do condado de Brunswick, Brian Roberts, recebeu uma enxurrada de chamadas telefônicas de pessoas irritadas com o caso. Ele decidiu então dar uma olhada nas imagens da "câmera de corpo" do oficial e descobriu que seu assistente não fez nada de errado durante a ocorrência com Dawn, muito pelo contrário.

A gravação foi então liberada para o público e ficou claro que ele agiu de maneira profissional. No vídeo, o policial esclareceu que a razão pela qual ele pediu que ela encostasse seu carro não era racial, mas sim pelo fato de que ela estava dirigindo a 110 km/h quando o limite de velocidade era de 90. Ele então lavrou um auto de infração, dizendo a data da sua audiência no tribunal local ou que alternativamente ela teria a opção de pagar antecipadamente uma multa, e, dessa forma, não precisaria comparecer ao tribunal.

Quanto ao fato de que ela tenha afirmado que o policial ameaçou tirá-la do carro, há um contexto: Dawn se negava a assinar a intimação onde se comprometia a ir ao tribunal ou pagar a multa.

- "Então, o que você está assinando aqui é uma promessa de ir ao tribunal ou prometer pagar antecipadamente. Não é uma admissão de culpa. É apenas uma promessa que você cuidará disso seja no tribunal ou com um pré-pagamento. Se você se recusar a assinar a intimação a esta altura, eu vou ter que tirar você do carro, algemá-la e levá-la na frente de um juiz. Ademais vou mandar rebocar seu veículo. Então, sim senhora, você não tem escolha ...", diz o policial no vídeo.

A mulher disse em uma entrevista mais tarde, que se lembrava das coisas de forma diferente e que talvez pelo medo tenha sentido que o policial foi ameaçador. Já o xerife permaneceu firme na alegação de inocência do policial dizendo que no vídeo há coisas que ele poderia revisar e criticar:

- "Não são coisas raciais, não são coisas de ódio. Certamente alguma etiqueta ou tratamento verbal que poderia ser corrigido e melhorado", disse Brian Roberts. - "De qualquer forma nada vai fazer a multa sumir, não vai resolver nada. Só está causando mais problemas."

Roberts disse que não recebeu uma queixa formal sobre o incidente, mas a mulher disse que planeja apresentar a reclamação em breve. Mas ela vai se queixar do quê? A polícia em muitas partes do mundo tem muito a responder em termos de comportamento inaceitavelmente prejudicial e discriminatório em relação às minorias étnicas, especialmente os negros. No entanto, este oficial não é um deles.

Assumindo que ambos os vídeos contam a história do ocorrido, o policial fez o trabalho corretamente e manteve a mulher informada o tempo todo sobre o que estava fazendo. Eu posso entender que ela estava chateada também. Todos nós ficamos chateados quando somos parados pela polícia e há ainda a dúvida incômoda sobre - "Por que ele me parou? É por causa da minha etnia?" Mas se você estava andando a 110 em uma área de 90 a culpa é sua. Lide com isso e pare de mimimi.