Pequim furioso depois que jornal alemão exigiu uma indenização de 160 bilhões de euros pela pandemia

O jornal mais lido da Europa uniu-se aos pedidos de compensação a Pequim pela disseminação do novo coronavírus, que causou a pandemia que devastou as economias de todo mundo. Bild, o maior jornal da Alemanha, em um artigo intitulado "O que a China nos deve", publicado Na semana passada, disse que o regime deveria pagar danos por um total de quase 150 bilhões de euros (880 bilhões de reais) por perdas no país causadas pela pandemia.

A "fatura" incluiu 24 bilhões em rendimentos por turismo perdidos em março e abril, 1 milhão por hora em custos para a empresa aérea Lufthansa, e 50 bilhões de euros em ganhos perdidas para as pequenas empresas alemãs.

O artigo chegou logo depois que a chanceler alemã Angela Merkel se juntou aos Estados unidos, Inglaterra, França, Austrália, entre outros, também decidiu elevar o tom contra o regime chinês pedindo mais transparência sobre a origem do novo coronavírus.

Além disso, os crescentes pedidos de indenização ocorrem à medida que os governos ocidentais exigem cada vez mais transparência do regime sobre sua desastrada gestão do surto.

Troca de cartas abertas

O artigo do Bild provocou uma resposta furiosa da embaixada chinesa na Alemanha, que em uma carta aberta ao editor chefe, Julian Reichelt, negou que o regime tenha descumprido suas obrigações em virtude do direito internacional e acusou o jornal de xenofobia.

Reichelt depois respondeu com sua própria carta aberta ao líder chinês Xi Jinping, que dizia

- "Seu Governo e seus cientistas tinham que saber faz muito tempo que o vírus é altamente infeccioso, mas você deixou o mundo na escuridão", diz a carta. - "Seus principais especialistas não responderam quando os pesquisadores ocidentais pediram para saber o que estava ocorrendo em Wuhan."

Julian Reichelt conclui a carta dizendo que a política chinesa já é bem conhecida:

- "A China é conhecida como um estado de vigilância que infectou o mundo com uma doença mortal. Esse é o seu legado político."

Pedidos de indenização trilionários

No início deste mês, um relatório da Sociedade Henry Jackson, um grupo de especialistas do Reino Unido, descobriu que o regime poderia ser demandado por bilhões de dólares por seu encobrimento inicial do surto, que disse que era uma violação do direito internacional.

Com base nisso, iniciaram vários processos de pedido de indenização em tribunais dos Estados Unidos que demandam ao regime por perdas econômicas causadas pela pandemia. Segundo uma reportagem, pelo menos sete ações federais foram movidas contra o governo chinês por causa da disseminação do coronavírus mortal.

A reportagem observa que cinco dos processos não buscam uma quantia específica de dinheiro ou danos. Um, no entanto, quer que a China pague mais de 20 trilhões de dólares, enquanto outra pede8 trilhões.

Estado americano também processa a China

O Missouri também entrou com uma ação contra a China, tornando-o o primeiro estado americano a fazê-lo. Especificamente nomeiam no documento o Partido Comunista da China, o governo da cidade de Wuhan e o Instituto de Virologia de Wuhan, juntamente com a Academia Chinesa de Ciências. Eric Schmitt, procurador-geral do Missouri, diz que a China sabia que:

- "O covid-19 era perigoso e capaz de causar uma pandemia, mas com ação lenta, proverbialmente colocou a cabeça na areia e encobriu por seu próprio interesse econômico."

O processo afirma ainda que as autoridades chinesas enganaram o público, suprimiram informações cruciais, prenderam denunciantes, negaram a transmissão de humano a humano diante de evidências crescentes, destruíram pesquisas médicas críticas, permitiram que milhões de pessoas fossem expostas ao vírus e até acumularam equipamentos de proteção individual para seu próprio lucro e causando uma pandemia global desnecessária.

Ademais, senadores americanos estão trabalhando em uma legislação que abrirá os tribunais americanos a todas as vítimas do vírus para que possam processar as autoridades chinesas.

Resposta de Pequim

Por sua vez, o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores chinês, Geng Shuang, precisou hoje que seu país forneceu informação atual sobre o coronavírus desde 3 de janeiro.

- "Tal abuso da litigação não é propício para a resposta à epidemia e também vai na contramão da cooperação internacional", destacou durante uma roda de imprensa. - "A China foi atacada pelo vírus e também é vítima do vírus, não somos os culpados, nem os cúmplices do vírus."

Pequim está sob uma crescente pressão sobre a transparência de sua gestão da pandemia e denúncias de que está lucrando com o coronavírus. Isso culminou em que muitos países ocidentais intensificassem os chamados para uma investigação internacional sobre as origens do vírus. O problema é que o organismo que deveria fazer isso, a OMS, vem se portando de forma subserviente e servil ao regime chinês.