
"Miau", respondeu olhando à frente e com as mãos algemadas. Então Laura lembrou que, antes de entrar já tinha advertido que se comportasse com silêncio e com decoro. Mas o acusado limitou-se a emitir miados de maneira ininterrupta, no meio do estupor da audiência.
A juíza pediu aos polícias que o levassem a uma sala contígua para que não interrompesse mais o processo em que um júri popular integrado por 12 cidadãos ditará sua sentença no próximo 3 de novembro. Pereg foi acusado do delito de homicídio agravado contra sua mãe Pyrhia Saroussy, que tinha 63 anos no momento do crime; e de homicídio simples agravado de Lily Pereg, sua tia, que tinha 54.
Ambas viajaram de Israel a Argentina para visitá-lo em Mendoza, onde residia. Encontraram-no vivendo em uma moradia precária cheia de cães e dezenas de gatos. Em 12 de janeiro de 2019, as irmãs foram vistas pela última vez. Duas semanas mais tarde, seus corpos foram encontrados enterrados no prédio da casa. Estavam mutiladas. Para ocultá-las, Pereg cobriu os corpos com terra e pedras.
Desde o princípio da investigação, Pereg disse que era um gato. Entre suas condutas felinas, às vezes até arranhava os guardas. Com a passagem dos meses, inclusive deixou de falar e limitou-se a miar, como fez nesta terça-feira no julgamento. Por isso permanece internado em um hospital psiquiátrico.
Mas seu estado mental está sendo debatido, já que disso depende que o considerem imputável ou que seja condenado. Durante os primeiros meses de sua detenção, o psiquiatra forense Mariano Narciso Castex concluiu que o acusado padece de licantropia, um transtorno associado à esquizofrenia, através da qual um ser humano se considera um animal.
No entanto, os detratores de Pereg acham que só está fingindo para evitar a prisão. O júri dará a última palavra.
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