Lula gigante da Antártida capturada ao vivo pela primeira vez na história

Pela primeira vez, cientistas filmaram uma lula Gonatus antarcticus viva, uma espécie de águas profundas conhecida pelos cientistas apenas por espécimes mortos capturados por pescadores e restos encontrados na barriga de animais maiores. Pesquisadores da National Geographic e da Rolex Perpetual Planet Expedition fizeram a descoberta inovadora da criatura misteriosa conhecida anteriormente apenas por espécimes mortos.

O avistamento surpresa ocorreu no dia de Natal no Mar de Weddell, quando pesquisadores a bordo do navio do Instituto Oceânico Schmidt, o R/V Falkor, avistaram a lula esquiva a quase 2.200 metros abaixo da superfície, capturada pela câmera usando o veículo operado remotamente (ROV) do navio de pesquisa, SuBastian.

A lula de águas profundas foi identificada pelo distinto gancho central em cada um de seus tentáculos, uma característica fundamental que os pesquisadores usaram para confirmar que a criatura era de fato uma Gonatus antarcticus. A criatura é diferente da lula colossal que foi filmada pela primeira vez em abril perto das Ilhas Sandwich do Sul.

A equipe observou a lula por dois a três minutos enquanto ela pairava calmamente na água. Usando lasers, mediram seu tamanho, enquanto o piloto do ROV diminuía as luzes para observar melhor como a lula se comportava em seu habitat natural. Após um breve encontro, a lula subitamente se afastou e desapareceu nas profundezas.

O avistamento destaca o quanto os cientistas ainda precisam aprender sobre os mares polares da Terra. Como parte da missão, a equipe de pesquisa a bordo do R/V Falkor também estava mapeando áreas inexploradas do Oceano Antártico e coletando amostras de habitats de águas profundas para entender melhor como as mudanças climáticas estão afetando esse ecossistema praticamente intocado.