![]() | Os camelos são fisiologicamente adaptados para prosperar em ambientes quentes e podem suportar temperaturas de até 50°C. Não é por acaso que sejam os animais preferidos dos beduínos. Em vez de simplesmente suportar o calor, eles usam adaptações especializadas para lidar com ele sem perder água. Por exemplo, eles raramente transpiram. Ao contrário dos humanos, os camelos não começam a transpirar até que sua temperatura corporal suba significativamente até 40°C. Isso lhes permite conservar água. |

Seus pelos espessos atuam como isolante contra os raios solares. Constatou-se que camelos tosquiados transpiram 60% mais do que aqueles com pelagem.
A temperatura corporal de um camelo oscila, aumentando durante o dia e diminuindo à noite, o que evita que ele precise suar para se refrescar.
Eles armazenam gordura em suas corcovas em vez de água. Isso permite que seus corpos liberem calor com mais eficiência, pois não possuem uma camada isolante de gordura por todo o corpo.
Será que só prosperam em climas quentes? Não, na verdade estão adaptados a temperaturas extremas em ambos os extremos. Os camelos bactrianos (duas corcovas), encontrados na Ásia Central suportam invernos congelantes com temperaturas de até -40°C.
E alguns dromedários resgatados realmente gostam de brincar na neve. Muitas vezes demonstrando uma alegria surpreendente com "galopadas", chutes e danças, como podemos ver no vídeo abaixo que mostra um camelo resgatado chamado Albert, que vive no Rancho Grande, nas montanhas de Ojai, na Califórnia.
Seus pelos grossos são perfeitos para ambos os climas extremos, e alguns até parecem preferir o frio extremo.
Depois de se divertir, Albert quis compartilhar sua empolgação com seus irmãos bodes e convencê-los a se juntarem a ele. Segundo seu humano, Alex, Albert pensa que é um bode.
- "Na primeira vez que uma cabra viu Albert, ficou petrificada. Albert queria interagir com ela, queria cheirá-la, queria ver o que ela estava fazendo", disse Alex. - "Mas com o tempo, eles se conheceram e passaram a confiar um no outro a ponto de Albert conseguir se enxergar como uma cabra."
A verdade é que os camelos bactrianos são originários de regiões frias e montanhosas e possuem pelagem densa para isolamento térmico, o que os torna bem adaptados à neve.
Com efeito alguns camelos, sobretudo juvenis, não gostam do calor intenso do deserto e encontram alívio e felicidade em temperaturas mais amenas e na neve.
Quando neva, os camelos costumam ficar animados, correndo, pulando, rolando e até fazendo "anjos na neve", assim como outros animais quando brincam.
Shami é outro camelo famoso na rede, conhecido por suas danças e giros entusiasmados na neve junto a lhamas e cavalos.
Assim, embora sejam famosos nos desertos, muitos camelos são, na verdade, "camelos da neve" por natureza. De fato, evidências fósseis sugerem que camelos antigos já viveram tão ao norte quanto o Círculo Polar Ártico.
No entanto, os camelos são tão bem adaptados a ambientes quentes, que condições de calor extremo ainda podem fazê-los procurar sombra, principalmente se não forem nativos de uma região específica conhecidos por eles, só para evitarem suar à toa.
A domesticação dos camelos ocorreu por povos nômades e pastores em duas regiões distintas, com datas variando conforme a espécie.
O dromedário (uma corcova)foi domesticado por volta de 3.000–2.000 a.C. na Península Arábica (sudeste da Arábia) e possivelmente no nordeste da África.
O camelo bactriano (duas corcovas) foi domesticado por volta de 4.000 a.C. a 2.500 a.C. nas estepes da Ásia Central, Mongólia e China.
Inicialmente, eram criados para fornecer leite, carne, pele e lã (fleece). Mais tarde, tornaram-se fundamentais como animais de carga em rotas comerciais e em contextos militares.
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