![]() | Você vê bebês em filmes e programas de TV, mas eles não são atores de verdade, lógico. Eles não fazem aulas de atuação nem se sindicalizam. Mas são considerados funcionários, e as organizações que supervisionam as produções cinematográficas têm regras específicas sobre bebês nos sets de filmagens. É bem complicado. Hollywood criou várias brechas nas leis trabalhistas infantis existentes. Algumas são mais éticas do que outras. Digamos apenas que, se você der à luz trigêmeos prematuros, existe uma maneira de fazê-los ganhar a vida. |

Os bebês nos filmes vêm de agências de talentos especializadas que recrutam pais com recém-nascidos, utilizando anúncios de seleção em redes sociais. Os pais, às vezes aspirantes a atores, inscrevem seus bebês e as agências os conectam com produções.
Também pode ser de uma fábrica de bonecos realistas. tudo depende de como os atores-mirins vão ser usados. A não ser que seja necessário uma tomada próxima do bebê, que mostre detalhes de seu rosto ou coisa do tipo, o mais normal é optar por bonecos para “interpretar” os recém-nascidos.
E não é qualquer bebê reborn que você vê numa loja de brinquedos: existem profissionais especializados em criar bonecos realistas que vão aparecer em cena.
Uma terceira opção é recorrer à computação gráfica (CGI) para criá-los digitalmente. Foi assim com icônica neném de "Crepúsculo", Renesmee Cullen, a filha híbrida -metade humana, metade vampira- de Bella Swan e Edward Cullen.
Mas, claro, bebês reais também participam das gravações. No Brasil, embora, por lei, menores de 14 anos não possam trabalhar, a participação dos atores menores pode ser liberada desde que os pais consigam uma autorização do Juizado da Infância e Juventude (antigo Juizado de Menores).
Tendo esse documento, a criança pode ser filiada a uma agência mediante um contrato assinado por seus pais e, então, receber convites para aparecer em novelas, filmes e peças publicitárias. No Brasil, só bebês com mais de dois meses podem aparecer em cena.
Nos EUA, não há essa restrição. Bebês recém-nascidos podem encarar o "luz, câmera e ação!". Isso não quer dizer que cumpram a mesma carga horária dos demais atores. Na Califórnia, por exemplo, bebês com menos de 6 meses não podem passar mais de 20 minutos por dia gravando. Se tiver de 6 meses a 2 anos, a permissão se estende para duas horas.
E a exigência aumenta para bebês com menos de um mês: a atuação depende que um pediatra confirme que eles tenham passado por uma gravidez completa, tiveram peso normal ao nascer e são fisicamente capazes de suportar o estresse potencial de uma filmagem. Mesmo nos tais 20 minutos.
Por isso as produções, quando podem, escolhem geralmente gêmeos idênticos para que possam ser trocados rapidamente, otimizando as poucas horas de gravação permitidas. Este vídeo explica como eles fazem os bebês chorarem na TV e nos filmes.
Dentro do set, além da obrigatoriedade da presença dos pais, deve haver um supervisor e tutor. Ele é responsável por garantir a saúde e a segurança dos pequenos. Também deve sempre estar de olho nas condições do ambiente, em sinais de fadiga mental e física do bebê e nas demandas colocadas sobre ele.
O tutor pode, a qualquer momento, barrar a participação da criança na filmagem e tirá-la de lá se achar que há algum risco. Para bebês de até 6 meses, ainda é obrigatório um profissional de enfermagem no local.
As cenas de parto frequentemente envolvem uma mistura: um recém-nascido real por perto, sangue falso, efeitos especiais e ações de atores para criar a ilusão de um parto.
O conforto é fundamental: os conjuntos minimizam o ruído, os cheiros fortes (perfumes) e as distrações para manter os bebês calmos.
Em 1934, Shirley Temple, então com seis anos, recebeu o primeiro Prêmio Juvenil da Academia, uma premiação criada para reconhecer o talento de jovens atores, independentemente das categorias principais do Oscar.
Mas foi a vitória de Patty Duke, aos 16 anos, em 1963, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, que convenceu a Academia de que jovens atores podiam competir com sucesso com adultos, e os prêmios especiais foram descontinuados.
O pódio dos indicados ao Oscar mais jovens é formado por Justin Henry, indicado aos 8 anos de idade para Melhor Ator Coadjuvante em "Kramer vs. Kramer", de 1980.
Quvenzhané Wallis foi Indicada ao prêmio de Melhor Atriz aos 9 anos de idade por sua atuação em "Indomável Sonhadora", de 2012.
Jackie Cooper foi indicado ao Oscar de Melhor Ator aos 9 anos de idade por sua atuação em "Skippy" de 1931.
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