Pilhas nucleares que funcionam ao menos durante 10 anos

Na última sexta-feira, 9 de outubro, pesquisadores da Universidade do Missouri mostraram ao mundo suas diminutas baterias nucleares, tão pequenas como um centavo. Estas baterias produzem energia mediante desintegração de isótopos. Segundo a equipe de pesquisadores da citada universidade: "as baterias nucleares armazenam um milhão de vezes mais carga que as pilhas convencionais".

As pilhas nucleares se diferenciam por sua longa durabilidade. São capazes de fornecer energia durante períodos que vão de 10 aos 100 anos, ou inclusive mais. Esta capacidade é extraordinária já que permitiria nossos notebooks ou celulares permanecerem ligados 10 anos sem recarga. Ademais, ao contrário das baterias convencionais, as pilhas nucleares oferecem energia confiável, sem perdas de potência ao longo de todo seu período operacional.

Não obstante, a maior preocupação com as baterias nucleares é que contêm isótopos radiotivos, o que implica que ao longo dos anos em que funcionará, a bateria emitirá radiações à medida que os radioisótopos vão decaindo. Isto certamente implica na utilização de padrões que se preocupem com a eliminação desta radiação.

A este respeito, o doutor Jae Wan, que dirige à equipe de pesquisadores da Universidade de Missouri, disse:

- "A gente ouve a palavra 'nuclear' e pensa em algo muito perigoso. No entanto, as fontes de energia nuclear estão sendo utilizadas de forma segura na energização de uma ampla variedade de dispositivos, tais como marca-passos, satélites espaciais, e submarinos.

Certamente, o trabalho destes pesquisadores poderia conduzir a uma nova fonte de energia ininterrupta, se conseguirem convencer os usuários da inocuidade do sistema. A equipe espera poder reduzir ainda mais o tamanho da bateria.

Repito, se for demonstrada a segurança na utilização destas pilhas, nossos atuais carregadores de baterias e todas baterias e pilhas podem ser jogados no lixo. Pena que possivelmente não ouviremos falar do assunto tão cedo já que a aplicação desta tecnologia no dia-a-dia levaria grandes empresas à falência pelo mundo, e como sabemos, o interesse econômico sempre fala mais alto.

Fonte: Universidade do Missouri.