Rússia confirma seus planos para levar humanos à Lua e Marte, a primeira missão não tripulada será em 2019

Nunca nosso mundo se pareceu tanto às loucuras da época da Guerra Fria e sua corrida espacial: estrela artificial e carro vagando nos céus sem nenhum senso prático. Trump, o falastrão, quer criar uma força militar espacial. A estação espacial chinesa descontrolada pronta para cair sobre nossas cabeça. E agora a Rússia acaba de se unir oficialmente à nova corrida: quem chegará primeiro a Marte? Vladimir Putin anunciou que sua nação planeja enviar missões à Lua e a Marte nos próximos anos, incluindo cosmonautas.

Putin confirmou que em no ano que vem, 2019, esperam lançar a primeira de uma série de missões a Marte, em que enviarão sondas e rovers ao planeta vermelho. Poucos anos mais tarde, segundo Putin, esperam poder enviar a primeira missão tripulada a Marte.

O mesmo planejam fazer quanto à Lua. Putin anunciou que a Roscosmos, a agência espacial russa, tem em seus planos enviar missões tripuladas aos pólos lunares como parte do trabalho feito durante o programa espacial da União Soviética, recordando os dias da primeira corrida espacial entre Estados Unidos e Rússia. Por último, Putin também mencionou a possibilidade de usar à Lua como uma estação de lançamento de missões a Marte e outros planetas, uma ideia que a NASA também está considerando.

Deste modo, a Rússia une-se à nova corrida pela conquista marciana, na qual já estão participando a NASA e companhias privadas como a SpaceX. Nada contra, realmente precisamos de forma imediata sentar bases em novos mundos, antes que consigamos acabar com esse. Tarefa que está sendo realizada à medida, mas por que não poderiam unir esforços entre todas as agências pelo bem de toda a humanidade?

Ainda que alguém com toda razão possa dizer com toda a razão que é preferível que exista uma corrida científico-exploratória do que uma armamentística, o que estão fazendo no me momento é exatamente a disputa para ver quem tem um pinto maior, sem nenhum possibilidade de realizações concretas em curto prazo.

A Rússia não tem atualmente um lançador capaz de enviar uma nave à órbita da Lua (nem os EUA). Estão em plena fase final da construção da "Federatsia", que deverá substituir as veneráveis, mas já vetustas Soyuz.

O programa espacial russo tem uma regra herdada da União Soviética: nenhum modelo de nave leva cosmonautas antes de ter voado ao menos 5 vezes ao espaço sem tripulação e nem sequer uma maquete da Federatsia já ganhou a imensidão do espaço. Se vão enviar algo em 2019 não esperemos ver nenhum ser humano dentro. Talvez um voo sem tripulação e já vai estar de bom tamanho a não ser que cooperassem com a NASA e seu Orion.

Ademais Rússia não vai testar apenas uma nave nova, senão o foguetão novo (Angará) e uma rampa nova no novo cosmódromo de Vostochny. Muitas primeiras vezes para pensar em um vôo tripulado à Lua em 2019 sem classificá-lo como "missão suicida".

Fonte: Independent.