![]() | - "Capturados, mutilados e assados". Assim resumiu Femi Fani-Kayode, ex-ministro de Cultura da Nigéria, o destino final dos escravos nigerianos que são traficados na Líbia. Fani-Kayode lamenta e denuncia a difícil situação dos africanos subsaarianos que chegam à costa mediterrânea com a esperança de levar uma vida melhor na Europa, mas que são capturados e tratados como escravos. |

Migrantes chegam a uma base naval após serem resgatados por guardas costeiros libios em Trípoli, Líbia, em 6 de novembro de 2017.
No passado mês de julho, a Organização Internacional para Migrações (OIM) advertiu que migrantes eram vendidos nos mercados públicos de escravos da Líbia. Ao menos, 20.000 foram capturados por bandos criminosos e levados a centros de detenção.
Fani-Kayode, que estudou leis na Universidade de Cambridge, assegura que três em cada quatro pessoas capturadas por quadrilhas e vendidos como escravos na Líbia na região vinham do sul da Nigéria.
- "Seus corpos foram mutilados, seus órgãos extraídos e depois assados. Assados vivos! Isto é o que fazem os libios aos africanos subsaarianos que buscam um ponto de trânsito para a Europa. Vendem-nos como escravos e os assassinam, mutilam, torturam ou os fazem trabalhar até a morte", denunciou.
Fani-Kayode também criticou o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, por não fazer o suficiente para proteger às vítimas. Neste sentido, lamentou que o ditador libio Muammar Gaddafi fora derrocado, o que criou um vazio de poder que permitiu o crime organizado prosperar na Líbia.
Uma recente operação encoberta revelou que, nos mercados de escravos, homens são comprados e vendidos por 400 dólares.
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