![]() | O rato-lanoso subalpino, um roedor gigante conhecido há muito tempo apenas por rumores, foi fotografado e filmado na natureza pela primeira vez. O biólogo František Vejmělka, doutorando no Centro de Biologia da Academia Tcheca de Ciências e na Universidade da Boêmia do Sul, liderou uma expedição de seis meses às terras altas remotas do Monte Wilhelm, a montanha mais alta de Papua-Nova Guiné. Lá, com o apoio das comunidades indígenas locais, ele documentou com sucesso o comportamento, a aparência e o habitat do rato. |

- “É impressionante que um animal tão grande e impressionante tenha permanecido tão pouco estudado”, afirmou František em um comunicado. - "Quanto mais há para descobrir sobre a biodiversidade das montanhas tropicais?"
Descrito pela primeira vez em 1989, o rato subalpino [Mallomys istapantap] não havia sido visto vivo por cientistas até esta expedição. Histórias locais de um rato peludo do tamanho de um gato persistiram por décadas, mas faltavam evidências de sua existência contínua. O rato é noturno, solitário e vive em altitudes entre 3.200 e 3.760 metros, o que dificulta seu estudo.
As imagens, capturadas com armadilhas fotográficas ativadas por movimento, posicionadas ao longo das trilhas de caça, mostram o rato forrageando à noite, escalando troncos cobertos de musgo e se movendo entre as copas das árvores. Esses registros visuais confirmam que ele vive em árvores e revelam que a espécie frequentemente se esconde em tocas subterrâneas ou no alto dos galhos durante o dia.
Acredita-se que o grande tamanho da espécie seja resultado do gigantismo insular, um fenômeno no qual animais em ilhas evoluem para se tornarem maiores do que seus parentes continentais. Análises genéticas sugerem que ela se distanciou de outros roedores murídeos há aproximadamente cinco milhões de anos, adaptando-se a nichos alpinos com competição limitada e habitats isolados.
A expedição também recuperou um espécime morto por um cão de caça local, o que permitiu avaliações morfológicas abrangentes, incluindo análise de parasitas e coleta de amostras de tecido. Essas descobertas forneceram as primeiras medições biométricas de indivíduos machos e revelaram características até então desconhecidas, como a ponta da cauda em tufo, que pode auxiliar no equilíbrio.
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